Histórias palacianas e outras à volta da mesa

01/12/2018 0 Por Carlos Joaquim
Fugas
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  Sandra Silva Costa  



Ouvimos falar muito de Vila Viçosa nos últimos tempos – e pelos piores motivos. A estrada que ligava Borba a Vila Viçosa colapsou e arrastou com ela cinco pessoas. A tragédia aconteceu escassos dias depois de a Rute Barbedo e o Miguel Manso terem andado por lá. A propósito dos 378 anos da Restauração da Independência, que este sábado se comemoram, voltámos à vila do Alentejo que cresceu à sombra do Paço Ducal, sede da Casa de Bragança, que desempenhou um papel fulcral na luta pelo fim do domínio filipino. “D. João II podia ter ficado em Vila Viçosa a tocar órgão e a olhar para as suas porcelanas chinesas, mas a 1 de Dezembro de 1640 seguiu o ímpeto da revolução”, escreve a Rute, assim só para inícios de conversa. O resto é para ler aqui.
Vamos do Alentejo para cima e paramos em Lisboa para nos dedicarmos aos prazeres da mesa. O chef basco Martin Berasategui (dez estrelas Michelin em vários espaços) acabou de abrir um restaurante do céu – literalmente. Chama-se Fifty Seconds e fica no Hotel Myriad, no Parque das Nações – mesmo, mesmo na Torre Vasco da Gama. Tem uma vista incrível sobre o Tejo e um menu que foi feito a partir do que dão os pescadores, os agricultores, os criadores de gado portugueses. A reportagem é da Alexandra Prado Coelho. Já agora, vale também a pena ler o que Davide Paolini pensa sobre o momento actual da gastronomia. Ele, que é um defensor da cozinha tradicional, disse à Alexandra (quem mais?) que “vem aí um crepúsculo dos chefs.
A mesma Alexandra foi falar com Tanka Sapkota, o nepalês mais italiano da cidade, que se prepara para lançar um documentário sobre a cozinha de Itália. Tanka, de quem muito ouvimos falar por causa da trufa gigante que trouxe para Lisboa, é o protagonista da semana.  
É também de comida italiana que nos fala Miguel Esteves Cardoso.Mais concretamente, das maravilhas que se comem no Lamassa, restaurante italiano no Estoril “como os restaurantes italianos que só existem nos filmes”Buon appetito!
Deixo para o fim uma daquelas viagens que exigem tempo: a ler e a planear. O Sousa Ribeiro, como sempre, foi à frente e abriu caminho para uma jornada pela Gâmbia, país africano que ainda guarda lugares impregnados de solidão e de silêncio, tão fiéis às tradições. E, agora que o Inverno se aproxima a passos largos, praias que parecem transportadas das Caraíbas.
Por fim, convido-o a acompanhar aqui a cobertura que vamos fazer do National Geographic Exodus Aveiro Fest, para o qual a Luísa Pinto já nos chamou a atenção. Ela continuará por lá este fim-de-semana, a escutar as histórias mais inspiradoras de viagem e aventura.
Despeço-me com amizade, até ao próximo sábado. Bom fim-de-semana e boas viagens!