Eu, Psicóloga: Privacidade, respeito e parceria: 7 diferenças entre relacionamentos saudáveis e tóxicos

22/05/2017 0 Por Carlos Joaquim
um amor legal, de verdade, não é fácil. Requer comprometimento, maturidade, respeito e uma série de detalhes que, no dia-a-dia, fazem toda a diferença. Se o relacionamento do casal é saudável e positivo, não existe medo ou retaliação; o outro entende, compreende, aceita e entrega na mesma medida, sem necessariamente “completar”. Afinal, todo mundo aqui nasceu e vai morrer inteiro, não é?
Mesmo assim, é fácil cair em um relacionamento tóxico, acreditando que tudo está às mil maravilhas. Cobranças, brigas sem sentido, proibições, falta de personalidade própria… Os sinais são sutis, mas existem e funcionam como um bom alerta do que está acontecendo por trás da fachada de comercial de margarina. Separamos  7 diferenças básicas entre amores saudáveis e tóxicos para quem está neste dilema. 
Hobbies e interesses pessoais
Quando começamos um novo relacionamento, hobbies e interesses pessoais precisam continuar existindo. Afinal, não nos tornamos uma pessoa completamente nova graças à outra metade da laranja, não é mesmo? Em relacionamentos tóxicos, quando o apego é muito forte, os parceiros deixam de viver a própria vida em função do outro. Estar com alguém assim e repetir o mesmo comportamento abusivo é cilada, garantem os especialistas. O certo é, na verdade, ter ao lado um ombro amigo, alguém capaz de estimular nossas descobertas, sonhos, desejos, loucuras e vontades.
Quantas personalidades você tem?
Entre amigos e familiares, você se vê muito mais à vontade para brincar, fazer piadas e interagir, sem medo de ser feliz. O problema é quando o parceiro, ainda que inconscientemente, controla esse seu lado brincalhão, fazendo com que você se sinta desconfortável para ser você mesma. Errado em muitos, muitos níveis. Ninguém aguenta viver com tantas máscaras e freios, gente. É apenas errado tentar mudar a própria personalidade ou comportamento em função do outro. Em relacionamentos saudáveis, as pessoas se curtem sem tanto medo e ressalvas, como tudo deve ser.
Poderes em equilíbrio
Quando o namoro ou casamento é bom, todo mundo tem o direito de ser ouvido e compreendido. Isso significa que ambos têm poder de escolha e decisão na relação, sem desequilíbrio. Nenhum é “maior” ou “melhor” que o outro. Esse balanço faz com que mesmo as coisas mais simples, como tarefas domésticas, sejam compartilhadas com respeito e igualdade entre o casal. Em resumo, você sabe que pode contar com o outro para fazer qualquer coisa, do mesmo jeito que estaria disposta a ajudá-lo em determinada situação. Relacionamentos saudáveis são horizontais, felizes e justos, na maioria das vezes.
Sabe aquela história de seguir os sonhos?
Estudar fora, fazer intercâmbio, conhecer o mundo inteiro, ter cinco cachorros e uma casa na praia… Todos nós carregamos uma porção de sonhos dentro dessa mochila pessoal que nos acompanha durante toda a vida. Quando encontramos alguém bacana, sem nenhum comportamento tóxico, as “mochilas” são combinadas e nós podemos buscar nossos sonhos de igual para igual, sem abrir mão de nada. Relacionamento é compromisso, parceria e compreensão. Se o outro só é capaz de colocar suas expectativas e sonhos para baixo, sem qualquer respeito, repense o que realmente vale a pena na relação. Talvez seja o momento de dar o ponto final.
Diferenças são muito bem-vindas
Não existe e nunca existirá alguém 100% compatível com a gente, com as mesmas qualidades, defeitos, vontades e gostos pessoais. Ainda bem, não é mesmo? Se fosse para namorar com um espelho, a gente nem saía de casa. Diferenças, quando conciliadas, podem representar uma baita oportunidade de crescimento e amadurecimento. O problema é quando ignoramos isso e tentamos, a todo custo, transformar a outra pessoa, desrespeitando o que nos difere. Em relacionamentos saudáveis, as diferenças não são só respeitadas, como celebradas pelo casal. É como eles mantêm a chama da curiosidade acesa.
Celular e computador sem senhas
Confiança é uma palavra bonita, mas pouco praticada em relacionamentos tóxicos. Você não deveria sentir medo de deixar seu celular ou computador desbloqueado por aí, como se o outro fosse bisbilhotar suas coisas a qualquer momento, em busca de algo errado que não existe – ou não deveria existir, claro. A privacidade de cada um deve ser respeitada, sempre; quando parceiros não cultivam essa confiança mútua, qualquer deslize ou desconfiança transforma-se na gota d’água.
Falando a real
Todo mundo erra, fala besteiras e está sujeito a magoar os que estão ao redor. Em relacionamentos maduros e saudáveis não é diferente. O importante, porém, é sentir que há espaço para o diálogo e para a compreensão, mesmo quando você admitir que o outro te machucou, de alguma fora. Não deve existir receio, insegurança ou temor; evitar esses tópicos só aumenta a mágoa, o rancor e a distância entre o casal, desgastando o relacionamento. Para funcionar, é preciso existir um canal de comunicação aberto entre os dois, para que toda situação complicada possa ser resolvida e devidamente superada.
Debora oliveira