Orçamento do Estado para a Saúde
Ministra da Saúde destaca reforço de 700 milhões de euros.
A Ministra da Saúde destacou o reforço de 700 milhões de euros no Orçamento da Saúde e defendeu que os tempos recentes tornaram mais aguda a urgência de reforçar os serviços públicos.
Marta Temido, que falava no segundo dia do debate parlamentar sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), sublinhou que desde o início da guerra na Ucrânia já se inscreveram no Serviço Nacional de Saúde 33.000 refugiados ucranianos.
De igual modo, sublinhou a recuperação na atividade assistencial conseguida no ano passado “depois de um ano de 2020 marcado pela emergência sanitária”. Citando números provisórios de 2021, a Ministra da Saúde revelou que foram feitos mais três milhões de consultas nos cuidados de saúde primários face a 2020 e mais quatro milhões relativamente a 2019.
Os mesmos dados apontam para mais um milhão de consultas hospitalares realizadas no ano passado e mais 130 mil cirurgias.
Marta Temido informou ainda que os programas especiais de recuperação da atividade adiada pela pandemia permitiram realizar 65 mil primeiras consultas hospitalares e 43 mil cirurgias adicionais e destacou a área dos rastreios oncológicos, revelando que os números de mulheres rastreadas ao cancro da mama e de pessoas rastreadas ao cancro do colon e reto ultrapassaram os de 2019, considerando tratar-se de “um claro indicador de recuperação do acesso aos cuidados preventivos”.
Marta Temido informou que há mais de 439 mil inscritos no SNS e lembrou que há hoje mais 800 médicos família do que em 2015 e mais 1.200 enfermeiros.
A governante reconheceu que a escassez de recursos humanos é um problema complexo de resolver e sublinhou que, só em recursos humanos, foram gastos 338 milhões de euros para prestação de cuidados relativos à Covid-19.
Destacou, ainda, o caminho traçado para 2022 e o reforço que o Plano de Recuperação e Resiliência trará, com “reformas que ultrapassam 1.3 mil milhões de euros”.
Por fim, destacou ainda o novo estatuto do SNS (com regime de dedicação plena) e o novo plano nacional de saúde 20/30 (em discussão pública).