Moçambique | Piores aumentos salariais dos últimos 3 anos desmentem fim da crise económica em Moçambique
Os novos salários mínimos em vigor em Moçambique, com a pior revisão desde 2016, desmentem “o início do pós-crise” anunciado pelo Presidente Filipe Nyusi em meados de 2018. Apenas 5 por cento de aumento para os sectores da Pesca e Função Pública, este últimos que continuam amordaçados porque o Governo não quer reconhecer-lhes o direito de se organizarem em sindicatos, estão longe da cesta básica que aumentou 10 por cento para 19.637 Meticais.
Na véspera do Dia do Trabalhador a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social anunciou a ansiada revisão salarial anual, fruto da concertação entre o Governo, patrões e sindicatos que cada vez menos representam os trabalhadores moçambicanos.
“Partindo dos pressupostos da realidade do país que os reajustes pudessem salvaguardar a manutenção dos postos de trabalho e a possibilidade de se criarem novos postos de trabalho e também a manutenção da estabilidade das empresas”, ressalvou Vitória Diogo ao anunciar os piores aumentos desde 2016 e após 3 anos em que os moçambicanos sentiram o seu poder de comprar ser corroído por uma inflação acima de dois dígitos.
Tal como no ano passado a Indústria Mineira volta a obter o maior aumento, 12 por cento, passando o salário mínimo do sector que ainda é o pivot da economia de 8.263,78 para 9.254 Meticais.