Ideologia de gênero e lavagem cerebral
♦ Jurandir Dias
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Génesis 1: 26). A ideologia de género é uma revolução que visa destruir essa imagem e transformar totalmente o género humano. Por isso se diz com profundidade e acerto que ela é uma revolução diabólica, pois não podendo o demónio destruir o próprio Criador, quer destruir a sua imagem nos homens.
Segundo essa ideologia, ninguém nasce homem ou mulher. É o cérebro que com o tempo determina o sexo que se vai escolher. Neste sentido, a criança quando nasce não deve ser registrada no cartório com o sexo masculino ou feminino, mas indefinido!
Depois de serem desmascarados por inúmeros estudos científicos, os propulsores dessa farsa querem agora abstrair do problema da “identidade” sexual com os hormônios masculinos e femininos, como afirmavam antes. Segundo o Prof. Joshua D. Safer, endocrinologista do Mount Sinai Health System de Nova York, “o que nós não conhecemos são todos os factores biológicos em jogo que explicam a identidade de gênero. Pelo que nós, da comunidade médico-biológica tradicional, sabemos em 2018, é programado, é biológico, não é inteiramente hormonal, e nós não identificamos os genes, de modo que não podemos dizer especificamente que ele é genético”.[1]
Segundo o Dr. Safer, “ser transgênero não é uma questão de escolha. É uma percepção esmagadora de que o seu género não é o que consta na certidão de nascimento”.
Inúmeros estudos de renomados cientistas — por exemplo, o do Dr. Paul R. McHugh [foto ao lado], ex-chefe da ala de psiquiatria do famoso Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, Maryland — afirmam que a mudança de sexo é biologicamente impossível: “A cirurgia não transforma o homem em mulher ou vice-versa. Pelo contrário, eles se transformam em homens feminizados e mulheres masculinizadas”. O médico disse ainda que as pessoas que promovem tal cirurgia estão colaborando e promovendo uma desordem mental. [2]
Estima-se que 41% das pessoas que fazem a cirurgia de mudança de sexo cometem suicídio. É o que revela um importante estudo publicado por The New Atlantis, intitulado “Sexualidade e Género: achados das Ciências Biológica, Psicológica e Social”. Seus autores, os Drs. Lawrence Mayer e Paul McHugh, são dois dos principais estudiosos sobre saúde mental e sexualidade de nossos dias.[3]
Os atuais defensores da ideologia de género, entretanto, querem provar o contrário. Eles negam que o motivo dos suicídios seja consequência da terapia aplicada na mudança de sexo, mas antes “a aflição em razão desta discrepância pode tornar-se particularmente intensa na época da puberdade, e o risco de suicídios aumenta consideravelmente entre os jovens que se encontram nesta situação” segundo a jornalista Denise Grady (“The New York Times”, reproduzido pelo jornal “O Estado de S. Paulo”).
Após o fracasso dessas cirurgias, como o caso dos gêmeos Reimer, agora eles reconhecem que estavam “equivocados”. Afirma a jornalista: “Estavam equivocados. À medida que cresceram e se tornavam adultas, muitas tinham a clara sensação de serem homens. De acordo com um estudo realizado com 16 delas, mais da metade acabou se identificando como homem.” [4]
O próprio Dr. Safer reconhece que se tratava de uma “limpeza”, ou seja, de lavagem cerebral:“Considerando o fato de que é possível fazer uma limpeza cerebral em algumas pessoas no que se refere a qualquer coisa, falhar com tantas é catastrófico”. Com efeito, como a ideologia de género não tem base científica, ela quer se impor através de um processo parecido com o que se diz de “lavagem cerebral”. Conta para isso com o apoio de certos governos, e do activismo judiciário nos países onde não consegue aprovar leis como o Estatuto da Diversidade Sexual[5] proposto pela senadora Marta Suplicy, do fracassado PT.