Presidente da República fala em tempos de “xenofobia, chauvinismo e radicalismo” que é preciso combater
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta terça-feira que se vivem tempos de “dificuldades económico-financeiras, mudança tecnológica, intolerância, xenofobia, chauvinismo e radicalismo” que parecem “regressar a um século atrás”.
Na cerimónia de entrega do prémio Fernández Latorre, do jornal A Voz da Galiza, na Corunha, em Espanha, o chefe de Estado realçou que celebrar Fernández Latorre é celebrar a “liberdade, a tolerância, o diálogo, a democracia e a comunicação social livre e resistente”, num momento a que se assiste a “radicalismos a que muitos chamam de populismo”.
“Radicalismos que parecem regressar a um século atrás, repetindo os mesmo erros cujos custos conhecemos na vida das nossas sociedades um pouco por todo o mundo. Há que resistir a essa tentação e a melhor forma de resistir é combater as causas económicas e sociais desses radicalismos populistas e combater o subdesenvolvimento, a exclusão, as desigualdades na educação, na saúde e na solidariedade social”, vincou.
O Presidente da República foi hoje galardoado com o prémio Fernández Latorre, atribuído em memória do fundador do jornal A Voz da Galiza, pela promoção das relações bilaterais entre Espanha e Portugal.
A distinção de Marcelo Rebelo de Sousa, na 60.ª edição deste prémio, foi concedida em reconhecimento do seu contributo para a promoção das relações bilaterais entre a Espanha e Portugal e decidida por unanimidade pelo Conselho de Curadores do galardão, que tem um valor de 10 mil euros.
Na sua decisão, o júri considerou que personalidades como o chefe de Estado português fizeram com que as relações transfronteiriças entre Espanha e Portugal sejam agora “um modelo de coesão” para a União Europeia.
Marcelo Rebelo de Sousa é descrito como “um incansável promotor” das relações bilaterais ibéricas, desde os seus tempos de comentador televisivo.
Lusa