O dia da morte, o dia do fim
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David Dinis, Director
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Viva! Aqui estão as notícias que marcam as últimas horas:
Em Alvalade anuncia-se o fim. Um treinador chamado ao presidente, rumores de uma suspensão mal desmentida, um sinal para o fim de linha de um projecto, tudo a dias de uma final da Taça que o presidente não presenciou. Bastou um mêspara acabar com três anos de Jesus. E para Bruno fazer o que antes criticou. Como se não bastasse, agora há suspeitas de compra de resultados… no Andebol (diz o CM de hoje).
O aniversário de Israel sinalizou o fim de um projecto de paz. Militares israelitas mataram pelo menos 55 palestinianos que se manifestavam junto à barreira que separa a Faixa do território israelita. Foi o dia mais mortífero do conflito desde 2014, desviando as atenções da inauguração da embaixada dos EUA. A condenação de Israel foi generalizada.
O Iraque escolheu um homem para acabar com uma era. O líder religioso que, como nenhum outro, fez frente à ocupação americana de 2003 reinventou-se e foi eleito primeiro-ministro.
Entretanto, na América, Melania Trump foi submetida a uma cirurgia. A primeira-dama norte-americana vai ficar internada na sequência de uma intervenção a um rim.
O que marca o dia
O corte de 1100 vagas no superior em Lisboa e Porto vai avançar – e essa é a notícia que faz a nossa manchete.
A EDP diz que o valor da OPA “é baixo”. E no Negócios os investidores corroboram. Mas para já a administração da empresa não toma a operação como hostil.
800 militares burlaram o Estado com um negócio de óculos de sol, diz o JN. Não será bem um negócio da China, mas andou lá perto.
A Força Aérea está preocupada com a saída do Montijo. A culpa não é do novo aeroporto, mas dos atrasos do Governo, diz o DN.
Rui Rio mantém tabu sobre recondução da PGR, apesar do apoio da sua vice a Joana Marques Vidal.
Isaltino quer “fazer de Paço de Arcos a Saint-Tropez de Portugal”, diz o próprio numa entrevista ao João Pedro Pincha.
Ler mais devagar, sff
1. Estaremos preparados para a época de fogos? Portugal entra hoje na fase de prontidão. E entra com metade dos meios aéreos prometidos, com os mesmos comandantes de Pedrógão, com dificuldades em cumprir a limpeza de matas, com algumas zonas de perigo – como Monchique ou o Caldeirão. Entra também com novos instrumentos, como uns alertas por SMS que agora conseguimos explicar e com uma esperança estatística: nem no pior cenário irá arder tanto este ano como em 2017. Hoje é dia de balanço – e é sobre tudo isto o nosso destaque.
2. André Saraiva: o multifacetado Mr. A anda à solta em Lisboa. Não é fácil de situar. Artista, realizador, empresário de hotéis ou de clubes, um dos pioneiros dos graffiti nas paredes das cidades de todo o mundo. André Saraiva, 46 anos, é uma personagem em trânsito. Mas é essencialmente conhecido pela criação da personagem Mr. A, uma figura de traço simples, linhas longas elegantes, que terminam numa cabeça redonda e num piscar de olho, e foi ganhando vida no espaço público de inúmeras cidades. Por norma devolve-nos um sorriso rasgado. O Vítor Belanciano foi ver se em Lisboa também.
3. Na Indonésia, famílias lançam onda de ataques terroristas. Uma criança de oito anos ia sentada entre o pai e a mãe na motorizada que o casal usou para cometer um atentado bombista à entrada da esquadra. Outras duas, de nove e 12 anos, fizeram-se explodir numa igreja. O país está chocado: “Isto é desolador.” O Alexandre Martins fala-nos desta tragédia num dia de domingo.
Hoje na agenda
Por cá, vamos ter vários autarcas na AR, para falar sobre a lei do arrendamento local. Assim como a administração da RTP, para prestar contas sobre o mandato passado. Hoje saberemos como se portou a economia no primeiro trimestre, que os especialistas antecipam mais fraca do que se previa.
Lá por fora, o dia em que começa o Ramadão é o dia em que se enterram os mortos na Faixa de Gaza, com mais protestos esperados. Hoje é também o dia em que o MNE do Irão chega à Europa, para uma ronda diplomática para tentar salvar o acordo nuclear. E o dia em que o vice-PM chinês chega a Washington para tentar salvar as relações comerciais com os EUA.
Que seja um dia bom. Até amanhã.