Águeda | Câmara Municipal cede sala para grupo de ajuda a vítimas de violência doméstica e de género

Águeda | Câmara Municipal cede sala para grupo de ajuda a vítimas de violência doméstica e de género

13/02/2021 0 Por Carlos Joaquim
Neste espaço, a Delegação de Águeda da Cruz Vermelha Portuguesa vai criar um Grupo de Ajuda Mútua, uma estratégia terapêutica que passa a ser implementada no concelho
A Câmara Municipal de Águeda cedeu uma sala à Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) – Delegação de Águeda, onde esta instituição vai criar um Grupo de Ajuda Mútua para vítimas de violência doméstica e de género. Trata-se de uma resposta social que a CVP passa a dar em Águeda e que será efetuada na sala de reuniões da “Casa dos Magistrados”.
O apoio à CVP surge no âmbito da estratégia do Município de Águeda relativamente à promoção da Igualdade de Género e de Oportunidades, bem como da não violência, apoiando e desenvolvendo diversas parcerias. Entre os projetos apoiados pela Câmara de Águeda estão a Casa de Abrigo para Mulheres Vítimas de Violência com Deficiência e/ ou Incapacidade, da CERCIAG; e o “Escutar Silêncios” – Rede Local contra a Violência Doméstica, do Centro Hospitalar e Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga.
Paralelamente, a Câmara Municipal tem apoiado a CPCJ de Águeda na realização de ações de sensibilização e alerta para a proteção das crianças e jovens em risco. Estas e outras ações levaram a que o Município de Águeda tenha sido um dos premiados pela Comissão para a Igualdade do Género pelas boas práticas na integração da dimensão da igualdade do género, cidadania e não discriminação, quer na sua organização e funcionamento, quer nas atividades por si desenvolvidas.
Ainda sobre esta matéria, importa salientar que a Autarquia está a iniciar o desenvolvimento do Plano para a Igualdade de Género e Combate à Violência no Concelho de Águeda, estabelecendo parcerias com diversas instituições que trabalham nestas áreas para a realização de ações conjuntas, tal como é o caso da CVP, nomeadamente através da sua resposta “Estrutura de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica – Dar a Voz”. É justamente no âmbito desta estrutura que surge o Grupo de Ajuda Mútua que agora é criado em Águeda.
Grupo de Ajuda Mútua
No espaço cedido pelo Município, cujo protocolo foi assinado hoje, a CVP pretende dar voz às vítimas de violência doméstica e promover a igualdade de género, dinamizando sessões presenciais mensais (último sábado de cada mês), onde as vítimas poderão partilhar, expor as suas dificuldades e serem apoiadas pelos técnicos da CVP e uns pelos outros, numa dinâmica de entreajuda.
Uma estratégia terapêutica que, segundo a CVP, se tem revelado de sucesso e uma referência de boas práticas, dada a avaliação de satisfação dos/as participantes, que testemunham o impacto positivo que tem nas suas vidas, para além de que se tornam evidentes as mudanças globais conseguidas, principalmente ao nível da diminuição da sintomatologia consequente da vitimização e do fortalecimento das competências pessoais e sociais.
Estes grupos de ajuda mútua são orientados por um conjunto de princípios e valores que assentam no respeito pela diversidade das pessoas, das capacidades individuais e na identificação de problemas comuns (favorecendo as interações sociais face a face), bem como o estabelecimento de relações de suporte positivas e que reduzam o sentimento de impotência, insegurança e isolamento.
Partilha de histórias de vida, conceção de materiais de sensibilização comunitária e debate de grupo são algumas das atividades que serão desenvolvidas nestas sessões.
Nas fotos:
Jorge Almeida e Ricardo Matos (presidente da direção da Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Águeda)
Elsa Corga, Jorge Almeida, Ricardo Matos e duas técnicas da CVP