Temores da China com o novo Brasil
A China vermelha tem repetido insistentemente o slogan relações comerciais com o Brasil “sem viés ideológico”.
O apoio à posse, e mais do que isso, contínuo que a China presta ao regime socialista e totalitário de Nicolás Maduro provam o cinismo da afirmação “sem viés ideológico”.
Causou-nos um justo desagrado declarações de autoridades chinesas reproduzidas no dia 31 de outubro em editorial pelo China Daily, jornal que funciona como porta-voz informal do regime comunista de Pequi, sobre o estreitamento das relações Brasil-EUA em decorrência da eleição de Jair Bolsonaro.
Assim relata o brasil247.com: “O texto [do China Daily] trouxe uma advertência clara: um eventual giro da política externa brasileira para uma submissão aos Estados Unidos pode representar um ‘custo econômico duro para a economia brasileira”.1
Sem dúvida, soa como uma ameaça.
Mudança de tom: guerra-psicológica comunista
A recente viagem de Parlamentares do PSL, com todas as despesas pagas pela China, já faz parte de nova estratégia, da psy war comunista.
Ultimamente, a China resolveu dar marcha-a-ré e adotar um tom conciliatório e até de conselheira do Brasil. Isso faz parte do jogo: primeiro ameaça, depois se finge de amiga e conselheira.
Assim, em 2 de janeiro o China Daily muda o tom ao tratar do Brasil:
“É por isso que muitos analistas preveem que o líder declarado [Bolsonaro], que terá de agir racional e pragmaticamente quando estiver no cargo, pode ter de recuar em alguns assuntos, apesar de sua retórica inflamatória na campanha. O que pode trazer alívio para aqueles que se preocupam com as futuras relações China-Brasil agora com Bolsonaro no comando. Isso porque as visões linha-dura sobre a China que ele expressou durante sua campanha ganharam as manchetes, especialmente sua afirmação de que ‘a China não está comprando no Brasil, está comprando o Brasil’”.
E agora vem o mel, a fase do elogio: “Como o maior parceiro comercial do Brasil, a China tem sido o destino número 1 das exportações brasileiras, como soja e minério de ferro. O investimento chinês impulsionou o crescimento nos setores de energia e infraestrutura do Brasil, e a China tornou-se uma nova fonte do financiamento muito necessário do Brasil, especialmente desde a desaceleração em 2012. […]
“A China nunca foi fonte de problemas que o Brasil enfrenta hoje, mas está pronta para ajudar a fornecer soluções para esses problemas. (sic)
“O Brasil sofre com uma taxa infamantemente alta de homicídios – mais de 63 mil pessoas foram mortas no ano passado”.2
Tamanho cinismo só mesmo de comunistas. Quantos milhões de mortos custaram o genocídio e a campanha de extermínio de Mao Tsé-Tung? O que dizer da perseguição religiosa, dos encarceramentos e maus tratos em pleno século XXI? E por que razão a China teme a oposição e adota um partido único onipotente, onipresente e ditatorial?
Mas a China se faz de “boazinha” e quer ser nossa “conselheira”.
Nossa resposta no discurso do chanceler Ernesto Araújo
Nossa resposta pode ser encontrada no discurso de posse do chanceler Ernesto Araújo [na foto, ao lado de Bolsonaro], no qual ele mostra que a globalização não levará o Brasil à perda da própria nacionalidade.
“Um dos instrumentos do globalismo para abafar aqueles que se insurgem contra ele é espalhar que, para fazer comércio e negócios, não se pode ter ideias nem defender valores. Nós provaremos que isso é completamente falso. O Itamaraty terá, a partir de agora, o perfil mais elevado e mais engajado que jamais teve na promoção do agronegócio, do comércio, dos investimentos e da tecnologia.
“Nós negociamos muitas vezes a partir de uma posição de fraqueza, como se estivéssemos implorando acesso a mercados, quando na verdade deveríamos negociar a partir de uma posição de força, como um dos maiores e potencialmente o maior produtor de alimentos do mundo, por exemplo”.3
De pleno acordo com o novo chanceler. O Brasil tem raízes cristãs, nasceu com uma Missa celebrada por Frei Henrique de Coimbra. O Brasil tem sua história: lutou contra as investidas francesas e holandesas no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, na Bahia, em Pernambuco e no Maranhão.
Em todas essas lutas, para preservar a integridade de seu território e a Fé católica, o Brasil soube se levantar e se portar com altanaria, bravura e Fé. Da Batalha de Guararapes [quadro abaixo], orgulho do País, nasceu o Exército Nacional.
Como disse o Chanceler, somos “um dos maiores e potencialmente o maior produtor de alimentos do mundo”.3

Batalha dos Montes Guararapes – Victor Meirelles, 1879. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
Reforma moral, alicerce do futuro Brasil
“Efetivamente, é indispensável que a salvação do Brasil comece pela salvação de cada brasileiro, e que, do esforço de todos nós, no sentido de nos tornarmos maiores e melhores, nasça efetivamente um Brasil maior e melhor.
“O Brasil não pode ser salvo apenas por um regime, pois que, assim como a um bolo não basta ser colocado dentro de uma bela fôrma para ser saboroso, mas é necessário que sua massa seja boa, assim também a uma nação não basta uma disposição engenhosa das diversas partes do organismo social, mas importa principalmente que estas partes sejam sãs”.4

Como acentuou o chanceler Ernesto Araújo, o Brasil precisa reencontrar-se a si mesmo, ou seja, voltar às suas raízes cristãs. O Itamaraty saberá fazer valer a honra, a alteridade, a soberania e o lugar de destaque que o Brasil merece no concerto das Nações.
Rejeitamos os acenos, não destituídos de ameaça, que nos fazem os comunistas chineses.
Confiemos no Cristo Redentor e em Nossa Senhora Aparecida , que velam por essa reconquista do nosso Brasil.
“É este o esplêndido programa que levamos na cruzada a que nos chama a Providência”.5
ABIM
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Notas: