TRABALHO|EFACEC Trabalhadores da Efacec exigem que Governo defenda os 2600 postos de trabalho

TRABALHO|EFACEC Trabalhadores da Efacec exigem que Governo defenda os 2600 postos de trabalho

30/01/2020 0 Por Carlos Joaquim
Os trabalhadores do grupo Efacec exigem que o Governo tome medidas para defender os 2600 postos de trabalho, rejeitando que o actual «momento conturbado» leve a uma maior degradação dos seus direitos.
Numa moção aprovada ontem em plenário por unanimidade, os trabalhadores dos polos da Arroteia (Matosinhos) e da Maia registam «a preocupação do primeiro-ministro, António Costa, que em declarações à imprensa se mostrou muito preocupado com a situação da Efacec» e pedem que o Governo aja em conformidade para defender «os mais de 2600 postos de trabalho e para que a Efacec continue a ser uma empresa nacional e de referência».
Apelando ao Executivo para que «não contribua para a degradação dos postos de trabalho e para a retirada de direitos», os trabalhadores recordam António Costa que, «em Novembro de 2017, o Sindicato das Indústrias Transformadoras e Energia do Norte (Site-Norte/CGTP-IN) e as suas comissões sindicais lhe enviaram uma carta demonstrando preocupação com o que se passava na Efacec, carta [essa] que, até à data, não obteve qualquer tipo de resposta».
Na moção aprovada esta terça-feira, os trabalhadores da Efacec Energia, Engenharia, Corporativos e Electric Mobility assumem-se «preocupados com as constantes notícias relativas à accionista principal da empresa» – a empresária angolana Isabel dos Santos – e com «as repercussões que estas notícias, bem como a venda da sua participação na Efacec, trarão para o futuro da empresa e dos seus postos de trabalho».
Contudo, «rejeitam que este momento mais conturbado sirva como pretexto para continuar e até aumentar o ataque aos seus postos de trabalho e ao trabalho com direitos», exigindo à administração da empresa que «sejam retirados» os processos disciplinares que estão em curso e o processo do despedimento colectivo concretizado em 2018.