Editorial | Em Portugal não se responde aos e-mails

Editorial | Em Portugal não se responde aos e-mails

16/01/2020 0 Por Carlos Joaquim
Litoral Centro, informação sem fronteiras (Diário Digital) atingiu ontem os 2 milhões e 80 mil subscrições gratuitas. Temos a noção que estamos em Portugal, onde se fala muito em empreendedorismo, mas, na hora da verdade a expressão mais ouvida é: Não.
Vivemos num país com diversas figuras emblemáticas, mas, existem umas que se destacam mais do que outras, são os Velhos do Restelo. São aquelas pessoas que são sempre do contra. Eles devem ser contra Dom Pedro I. São contra tudo. Não interessa contra o quê. Contra. E ser contra é uma característica de Portugal. Dos Velhos do Restelo…
A burocracia é uma força omnipresente com requintes de malvadez, ela esmaga a motivação. Tudo é não pode. A palavra é não pode. Mas eu pago. Não pode. Mas eu quero não pode. Portugal é o país do não pode. Não é possível. Em Portugal não se responde aos e-mails. Simplesmente não respondem?
Não se responde aos e-mails porque têm medo das coisas escritas. Está escrito, é sagrado. Não se responde a um e-mail porque o e-mail pode virar um inferno. Tem uma série de características – não são defeitos, são características – que eu acho, que para viver no dia a dia uma pessoa rápida, que tem pressa, que tem coragem, que acredita nas coisas Portugal não é o país certo para evoluir.
Esta é uma das causas que leva os nossos jovens talentosos sai de cá.
Estamos perante uma cultura mesquinha, estranguladora do empreendedorismo.
As Câmaras Municipais – as que conheço – tornaram-se em ninhos de interesses esquisitos, que mexem e remexem com os sentimentos de uma pessoa minimamente atenta. Os traços faciais de quem nos atende diz-nos tudo, nem sequer é necessário ouvir o tom da voz.
Quando surge uma notícia que a Polícia de Judiciária está a fazer buscas em determinada Câmara Municipal, passou a ser normal estas diligências, já não envergonham ninguém. Ao ponto que chegámos. http://litoralcentro-comunicacaoeimagem.pt/.
Termino com esta frase: «Faz ao próximo aquilo que gostarias te fizessem a ti!»
Só servimos para pagar imposto com língua de palmo? Ou apenas depositar o voto em período de eleições no pote?
NB: A correspondência transmitida por via eletrónica tem o mesmo valor da trocada em suporte de papel, devendo ser-lhe conferida, pela Administração e pelos particulares, idêntico tratamento.
Artº. 26º., nº. 2, Do Dec. Lei nº. 135/99, de 22 de Abril