Opinião | Dominação e emancipação

Opinião | Dominação e emancipação

27/06/2019 0 Por Carlos Joaquim
Amigos me solicitaram que escrevesse de novo sobre o chamado marxismo cultural — de momento tão relevante e na moda em decisivos meios de esquerda e na direita — e, de forma congruente, pusesse no texto informações pertinentes à Escola de Frankfurt [foto acima], atemorizador negotium perambulans in tenebris para tantos e com bons motivos. Apenas como informação provavelmente inócua, o artigo anterior “Esclarecimentos sobre o marxismo cultural”, está em meu blog (periclescapanema.blogspot.com) desde 25 de fevereiro último.
Obediente, volto ao assunto. De passagem, o hoje denominado marxismo cultural foi também chamado de marxismo ocidental, aqui e ali é qualificado de Teoria Crítica, marxismo da Teoria Crítica, um dos fundamentos doutrinários da revolução cultural. Nem faz falta realçar a importância da revolução cultural (e a consequente necessidade de estudar doutrinas e métodos seus e como a eles fazer frente).
Para cortar caminho, deixar claro o desatino da escola, embarafusto antes por atalho pouco trilhado, pinceladas rápidas sobre dominação e emancipação, duas das obsessões da referida escola. Seus mais conhecidos representantes blasonavam (não custa lembrar, o marco inicial da escola poderia ser cravado em 1923, estamos em sua terceira e quarta geração) o ideal de extinguir a dominação e levar até limites ainda impensados a emancipação humana. E continuam a alardeá-lo. Não custa lembrar por cima, cada vez que líderes de orientação igual ou parecida afirmavam aplicar o marxismo à sociedade, na prática levavam a dominação e sufocavam a emancipação a extremos delirantes. A Coreia do Norte está aí, Cuba que o diga, a Venezuela sofre efeitos dantescos dos partidários da emancipação.