Mourinho Félix sobre CGD: “serão tiradas todas as consequências, sem olhar a quem”
O Ministério das Finanças reage ao projeto de resolução do Bloco sobre a exoneração de Carlos Costa, dizendo que decorre “um apuramento de responsabilidades” no Ministério Publico.
Correio da Manhã |
O secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, afirma que o apuramento de responsabilidades sobre a gestão da caixa está entregue ao Ministério Público.
Questionado em Bruxelas, pela TSF, se não afasta a possibilidade de Carlos Costa ser um dos responsáveis, Mourinho Félix afirma que “estão a ser apuradas as responsabilidades civis e as responsabilidades criminais e contraordenacionais de todos os que estiveram envolvidos”.
O ministério das Finanças diz que o projeto de resolução do bloco de esquerda será apreciado no âmbito da comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos.
“O governo, neste momento, pediu à Caixa que fizesse o apuramento das responsabilidades, que foi pedido à Caixa que que comunicasse ao governo, à medida que fosse sendo feito esse apuramento de responsabilidades, e temos de olhar para todos aqueles que possa ter estado envolvidos, em atos de gestão”.
Perante as insistências dos jornalistas, sobre se o governador do Banco de Portugal pode ser um dos visados, o secretário de Estado vincou que se trata do apuramento de responsabilidades de “todos”. “E, portanto, de todos, implica responsabilidades de todos os envolvidos”, acrescentando que “serão tiradas todas as consequências, sem olhar a quem”.
Sobre a idoneidade da instituição, Mourinho Félix afirma que o “Banco de Portugal é uma instituição independente, que tem mecanismos de controlo e mecanismos de gestão e de governação, que acautelam, seguramente, os conflitos de interesse que possam existir em quaisquer casos”.
“Portanto o Banco de Portugal está perfeitamente capacitado, para lidar com todas as situações”, afirmou o secretário de Estado, em Bruxelas, à margem de uma reunião do Eurogrupo.
João Francisco Guerreiro / TSF