Quinta-feira, 12 de julho | 21h30
NO QUARTO DA VANDA
Pedro Costa
POR/ALE | 2000 | DOC | 179’ | M/16
o realizador estará presente na sessão
Distinguido com a Menção Especial do Júri no Festival de Cinema de Locarno, “No Quarto da Vanda” é um filme de Pedro Costa, realizador de “Ossos”, onde já tinha contado uma história dramática, a de um jovem casal que deambulava pelas ruas do bairro das Fontainhas, em Camarate.
“No Quarto da Vanda” retoma o mesmo espaço, no mesmo bairro lisboeta, e leva-nos ao universo da toxicodependente Vanda Duarte (também intérprete de “Ossos”). Em forma de documentário, conta a história verdadeira de uma jovem com dificuldades na vida que, após várias passagens por diferentes casas, encontra o seu lugar num quarto no bairro das Fontainhas. No entanto, o quarto de Vanda não passa de um espaço despido, sem sonhos nem esperanças, onde se vão cruzando várias vidas que dependem umas das outras e principalmente da droga, enquanto lá fora as escavadoras fazem o trabalho de “limpeza” de um bairro degradado.
Sábado , 14 de julho | 18h00
JUVENTUDE EM MARCHA
Pedro Costa
POR/FRA/SUI | 2006 | DOC | 155’ | M/12
Em competição no Festival de Cannes de 2005, “Juventude em Marcha” é o regresso de Pedro Costa ao Bairro das Fontaínhas. É um retrato das transformações das comunidades que habitam o bairro, a partir do olhar de Ventura, um emigrante cabo-verdiano, operário da construção civil reformado, que assiste à destruição das barracas e ao realojamento num novo bairro. O início de uma nova vida, mas o fim de uma comunidade que tinha fundado nessa precariedade laços de solidariedade.
Domingo, 15 de julho | 17h00*
CAVALO DINHEIRO
Pedro Costa
POR | 2014 | FIC | 104’ | M/16
Enquanto, a 25 de Abril de 1974, os capitães faziam a revolução, no bairro das Fontainhas o povo procurava Ventura [o cabo-verdiano já antes apresentado nos filmes “Juventude em Marcha” (2006), “No Quarto da Vanda” (2000) ou “Ossos” (1997)]. Hoje, demolido em nome do progresso, o bairro já não existe. Perdido num país assombrado pela guerra colonial, pela revolução e pela descolonização, Ventura revisita os seus fantasmas pessoais que se vão moldando aos fantasmas de Portugal.