Ministro Da Cultura Deixou O Repto: “Temos Que Andar Depressa” Na Reabilitação E Musealização Da Casa Do Passal

27/03/2017 0 Por Carlos Joaquim
Este foi o desafio lançado pelo Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, na sessão de assinatura do Protocolo de Colaboração e Declaração de Intenções, realizada na Casa do Passal, no dia 24 de março. 
Referindo-se ao imóvel, classificado como monumento nacional, Luís Castro Mendes disse tratar-se de “um lugar de projeção de valores”, que certamente será também “um lugar importante de conservação, de preservação da memória de um grande homem” – Aristides de Sousa Mendes, “evocado e reconhecido em todo o mundo.” Por isso, sublinhou que a Casa do Passal “é um lugar de importância mundial (…) um lugar de esperança, de afirmação (…), para aceitarmos as nossas diferenças e não para perseguirmos as diferenças, para falarmos uns com os outros e não gritarmos uns contra os outros”. 
Confiante de que “a obra será executada com o rigor e competência que temos visto e se pode ver no que se salvou deste edifício”, o Ministro da Cultura lembrou que é necessário abrir o concurso de ideias, já acordado entre as partes, caminhando depois rapidamente para o projeto de musealização deste espaço”.
Com um investimento total de 800 000,00€uros, dos quais 120 000,00 do erário municipal e os restantes – 680 000,00€uros – de que a Câmara Municipal prescindiu e que poderia ter destinado a outras obras no âmbito do Portugal 2020, como lembrou Rogério Abrantes, Presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal, durante a sua intervenção na sessão solene, urge “continuar a convergir sinergias para levar a bom porto” a requalificação da Casa do Passal. Referindo-se aos documentos assinados e à responsabilidade da Câmara Municipal enquanto dono da obra, Rogério Abrantes afirmou tratar-se de um compromisso assumido com toda a convicção, pelo que “o Concelho vive momentos únicos que muito enriquecerão a história concelhia.” Por isso, afirmou “Haja o que houver, os passos do futuro só terão razão de ser, se se trilharem caminhos de humildade, de tolerância, de missão e de convergência de atitudes, independentemente da sua origem. Saibamos, pois, todos, sem exceção, ajudar a construir o legado soberbamente transmitido por Aristides de Sousa Mendes”.
Na sessão solene, e por questões de cortesia, também Ana Abrunhosa, Presidente da CCDR Centro, foi convidada a usar a palavra. Na sua intervenção, Ana Abrunhosa falou em estratégia, porque “a cultura continua a ser um pilar essencial para aplicar fundos comunitários” (…). A responsável lembrou que o “investimento na cultura continua a ser fundamental para o desenvolvimento do País” e destacou o trabalho em rede como essencial referindo-se ao Protocolo assinado no início da Sessão Solene. 
José Leitão, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Aristides de Sousa Mendes, entidade a quem caberá conceber o modo de ocupação e funcionamento da Casa do Passal, a sua manutenção e gestão, referiu-se ao compromisso assumido e sublinhou: “tudo fazemos para mostrar a Casa do Passal como um centro vivo e cheio de iniciativas que permitam transmitir à generalidade dos cidadãos os valores do respeito pela dignidade dos seres humanos (…).”
A 2.ª fase de Requalificação/Musealização da Casa do Passal deverá estar concluída até finais de 2018.