Corrida contra o tempo para chegar a menino de dois anos que caiu a um poço

14/01/2019 0 Por Carlos Joaquim
Yulen caiu por um buraco com 25 de diâmetro e uma profundidade de 110 metros. Equipa de resgaste identificou, com uma câmara, um saco de guloseimas que o menino levava consigo.

É um cenário de resgate de uma dificuldade extrema – 25 centímetros de diâmetro para uma profundidade de 110 metros. Foi por este buraco que caiu, no domingo, Yullen, um menino de dois anos e meio que passeava com os pais e os primos no campo, na cidade espanhola de Málaga. Mais de 100 efetivos estão agora a tentar encontrar a criança. Para já, a câmara de vídeo com que tentam chegar ao menino permitiu identificar, a 78 metros de profundidade, um saco de guloseimas que a criança levava consigo.
É o primeiro rasto de Yullen que é encontrado, mas a câmara não conseguiu passar dos 80 metros de profundidade, já que o buraco – um furo aberto para prospeção de água – estará obstruído, provavelmente devido a um desprendimento de terra, segundo avançam os media espanhóis. A dificultar ainda mais as operações, as paredes do poço – por onde um adulto não consegue passar – não são escoradas.
De acordo com as informações prestadas pela família, Yulen estava a brincar com outro menino, durante o passeio, quando caiu no buraco, que não estava protegido, nem sinalizado. Segundo o presidente do Consorcio Provincial de Bomberos, Francisco Delgado Bonilla, a família ouviu a criança chorar, pouco depois da queda, mas não voltou a ouvi-lo depois.
De acordo com o diário El País, a câmara do robot que está a ser utilizado nas buscas deparou-se com uma área húmida que não conseguiu transpor. As autoridades não sabem, nesta altura, se o poço tem ou não água.
No local estão bombeiros, polícia, Proteção Civil e submarinistas, além de algumas empresas privadas especializadas que estão a ajudar ao resgate. Desconhecendo por completo qual a situação do menino, as autoridades não descartam, para já, nenhuma hipótese de resgate, nomeadamente a construção de um túnel paralelo.
Fonte: DN
EPA/DANIEL PEREZ