O antigo Presidente da República, Mário Soares, deixou aos filhos uma fortuna indeterminada, onde se incluem variados imóveis, uma biblioteca, uma coleção única de obras de arte, fundos de investimento, ações e obrigações, avaliadas em milhões de euros.
O ex-chefe de Estado acumulou uma fortuna que fica agora disponível para os filhos, João Soares e Isabel Soares.
O testamento de Mário Soares ainda não é público, sendo a informação recolhida referente à última declaração pública apresentada em 2005 no Tribunal Constitucional no momento da candidatura às eleições presidenciais, segundo a revista FLASH.
No capítulo dos rendimentos, em 2004, Soares auferiu cerca de 482 mil euros, divididos entre rendimentos de trabalho, de capitais, prediais e de pensões.
Os valores crescem significativamente com dados de 2005 que revelam que, entre aplicações, depósitos a prazo, fundos de investimento, ações, obrigações, produtos estruturados e produtos de eficiência fiscal, o “pai da democracia” possui um valor que dava um total de poupanças perto de 1,2 milhões de euros.
A acrescentar às quantias depositadas no banco, os filhos de Soares vão herdar ainda uma extensa biblioteca, com cerca de 40 mil volumes de livros “de valor indeterminado”.
Consta ainda a posse de dois imóveis na rua Dr. João Soares, pertencentes ao Colégio Moderno, onde o antigo político detinha 80% do capital social. A aposta em imobiliário como investimento seguro, está assim patente na sua lista de bens.
Na extensa declaração de bens não está no entanto presente um andar, também na rua Dr. João Soares, e os dois andares que detinha no nº100 do Campo Grande.
O património de Mário Soares estende-se para fora de Lisboa, incluindo uma casa e três terrenos em Nafarros, Sintra, uma moradia junto à praia do Vau, em Portimão, no Algarve, dois terrenos, um misto e um rústico em Montes de Alvor e, por fim, uma casa na Bezuga, em Azeitão, numa zona protegida e altamente valorizada.
Fonte: Jornal Económico
Foto: Rafael Marchante/Reuters