Francisco Assis: A “precária situação” que há de levar a “eleições antecipadas”

19/01/2017 0 Por Carlos Joaquim
Resultado de imagem para Francisco Assis: A “precária situação” que há de levar a “eleições antecipadas”
Num artigo de opinião no jornal Público, o eurodeputado socialista defende que o governo vive em “equilibrismo político” entre uma maioria de esquerda e outra de direita.
São duas maiorias que Francisco Assis define como “alternativas e contraditórias”. De um lado, o PCP e o Bloco de Esquerda; do outro, o PSD e o CDS. O governo conta com o apoio de comunistas e bloquistas em tudo o que tem a ver com devolução de rendimentos, novos apoios sociais e reversão de medidas do anterior executivo.
Um suporte que não funciona em questões como a Europa, a banca ou a concertação social. Nestes casos, escreve Assis, “a única parceria política viável é o centro-direita”.
E é aqui que entra o “equilibrismo político” de que fala o deputado europeu eleito pelo PS. Francisco Assis reconhece “inegável talento” a António Costa, mas considera que “esta situação só poderia ser corretamente gerida”, se o governo socialista “mantivesse uma posição de equidistância em relação aos demais partidos políticos, dispondo-se a negociar com cada um deles, em cada circunstância precisa”.
Neste artigo de opinião no Público, Assis defende que, até agora, “viveu-se, assim, num tempo de ilusão de uma coabitação política fecunda. A partir de agora, as coisas colocar-se-ão de forma bem diferente”.
E o caso da concertação social é um sinal disso mesmo. O eurodeputado socialista escreve que “tudo tenderá a concorrer para demonstrar a profunda inconsistência da presente maioria parlamentar”. Uma maioria que se entende “no que é mais conjuntural, mais popular e mais fácil”, mas que “rapidamente” se desentende “em tudo o que é mais exigente, complexo e estrutural”.
Por outro lado, o “clima de animosidade” entre o PS e o PSD não deixa acreditar em “grandes aproximações” à direita.
Desta forma, para Assis, o cenário é claro: “o país parece caminhar para um impasse”, com o governo em “sério risco de paralisia”. E a saída para esta “situação precária” não pode ser outro que a “realização de eleições antecipadas”.
TSF
Foto: Público

Comentário: estão reunidas as condições politicas para o PS conquistar a maioria à conta do imbróglio da TSU.
O Costa sabe disso.
J. Carlos