360º – Saiba o que diz a acusação formal contra Bruno de Carvalho. Entrevista ao fenómeno mundial Jordan Peterson. Os animais, o PAN e o IRA
Enquanto dormia…
Já há acusação no caso das agressões em Alcochete e o Pedro Rainho tem os pormenores:
- Segundo o Ministério Público, Bruno de Carvalho “determinou as agressões” à equipa;
- O presidente do clube chegou a reunir-se na sede da Juve Leo com ‘Mustafá’ e outros elementos próximos dos dois;
- As mensagens de preparação para o ataque foram trocadas em dois grupos de WhatsApp: “Exército Invencível” e “Academia Amanhã”;
- São imputados 4441 crimes aos 44 arguidos. Bruno de Carvalho responderá por 98.
O dia foi agitado para o Ministério Público, e não apenas pela corrida para terminar a acusação antes da meia-noite: o juiz do caso libertou Bruno de Carvalho e ‘Mustafá’, ao contrário do que pediam os investigadores. Motivo invocado? Os indícios contra os dois serão “poucos e fracos”. Perceba aqui o que levou a esta decisão que surpreendeu o Ministério Público.
Quando ficou em liberdade, Bruno de Carvalho disse que voltava “uma pessoa diferente” depois dos cinco dias em que esteve detido: “Estou a sair do pior momento da minha vida”.
A vida de Bruno de Carvalho mudou muito nos últimos seis meses e tudo aconteceu de forma muito pública: a destituição, o divórcio, o novo hobbie como DJ, a detenção e agora a liberdade.
Mais informação importante
A PJ está a investigar a chefe de gabinete do PAN por ligações a um grupo extremista de defesa dos animais, chamado IRA (Intervenção e Resgate Animal). Cristina Rodrigues é suspeita de estar entre os elementos que aparecem encapuzados num vídeo, segundo uma reportagem da TVI.
Há exactamente um ano, o Observador publicou uma longa reportagem sobre o IRA. Acompanhámos várias ações do grupo e descrevemos a sua forma de funcionamento. Pode reler esse texto aqui.
O grupo parlamentar do PS decidiu contrariar a ministra da Cultura e propor uma redução do IVA das touradas para 6%. A proposta foi anunciada pelo próprio Carlos César e provocou uma reação imediata de António Costa. O primeiro-ministro disse estar “muito surpreendido” e admitiu impôr a disciplina de voto.
O BE apresentou a sua proposta para um novo regime para a tributação de mais valias, que quer ver no Orçamento e que diz vir arrefecer o mercado imobiliário. As obras de reabilitação e o número de anos que se detém imóvel pesariam na tributação.
A investigadora Maria Manuel Mota, que estuda o parasita da malária há mais de 20 anos, recebeu ontem o prémio Sanofi-Pasteur, no valor de 150 mil euros, pelo trabalho que tem desenvolvido nesta área. “Não é um balúrdio de dinheiro, mas é livre”, diz à Vera Novais.
A associação Aldeias de Crianças SOS, bem como alguns dos seus funcionários, vai a julgamento por maus-tratos. Em causa estarão agressões, insultos e ações de humilhação a utentes, muitos deles menores de idade, escreve o JN.
O primeiro dia de Theresa May depois do acordo para o Brexit teve um bocadinho de tudo: demissões no governo, ataques no parlamento e uma rebelião no partido. Mesmo assim, sobreviveu. E pode sobreviver mais ainda, nem que seja por defeito, como explica a Cátia Bruno.
Um dos seus grandes rivais dentro do partido é Jacob Rees-Mogg, que deu início ao processo que pode levar a uma moção de censura. Trata-se de um político peculiar. É um católico tradicional num país de religião oficial anglicana. É um milionário sem problemas em assumir que fez campanha no Mercedes guiado pela ama da família. E é um conservador que não se importa que o tratem por “o senhor deputado do século XVIII”.
Os membros do Governo que apresentaram a demissão ontem foram muito claros: saem porque o acordo é pior do que o prometido, por temerem a falta de coesão do Reino Unido e para defenderem a independência dos britânicos.
Com tanta confusão, convém perceber o que está exactamente em causa. O que diz, afinal, o acordo para o Brexit? Conheça os sete pontos fundamentais.
O Facebook está mergulhado em mais uma crise gigantesca. Uma investigação do New York Times acusou a empresa de estar envolvida numa campanha de fake news contra George Soros. O caso é tão grave que o próprio Mark Zuckerberg juntou numa conferência telefónica vários jornalistas de todo o mundo, incluindo o Manuel Pestana Machado, do Observador. Defendeu-se dizendo que não sabia de nada e admitiu: “Já pensámos desligar o Facebook”.
Da entrevista colectiva saiu outra novidade: o Facebook vai criar um ‘tribunal’ próprio para os utilizadores apresentarem um recurso quando os seus posts são retirados.
Os nossos Especiais
“Quotas para homens e mulheres? Não há qualquer justificação para isso”. A frase é do fenómeno mundial Jordan Peterson. O autor do bestseller “12 regras para a vida” esteve em Portugal e deu uma longa entrevista ao Edgar Caetano sobre casamento e filhos, sobre Trump, sobre confusão de género, sobre fascismo, sobre popularidade — e sobre um capote alentejano. (Pode também ver o vídeo com uma parte da conversa aqui.)
A nossa Opinião
Rui Ramos escreve “Em Portugal, só os “neo-liberais” é que não podem destruir o Estado”: “A geringonça provou que um governo em Portugal pode degradar os serviços públicos sem enfrentar mais do que notícias avulsas. Precisa é de ser de esquerda”.
Luís Reis escreve “Quem quer casar com a Carochinha?”: “O Bloco não quer ser o CDS do PS, o ‘partido do táxi’ soa muito a século XX. Mas apostaria que Louçã e Catarina sonham com o dia em que o Bloco seja consagrado como o moderníssimo ‘partido da Uber'”.
Fernando Leal da Costa escreve “O estigma”:“Ultrapassaram-se todos os limites da sordidez. Esta notícia é a demonstração do desrespeito que grassa sobre a saúde mental, pois nela há a insinuação torpe de que o visado estará ‘doente da cabeça'”.
Notícias surpreendentes
Farinha, água e sal. O melhor pão que comemos não tem mais do que isso, nem precisa. Após décadas de industrialização, os melhores padeiros portugueses estão a voltar ao básico, escreve o Diogo Lopes.
O Lisbon & Sintra Film Festival começa hoje e Eurico de Barros escolheu dez filmes a não perder. Vão de Mike Leigh a Jacques Audiard.
No festival há uma retrospectiva dedicada a João Botelho. O realizador não tem carta de condução, detesta computadores e nunca votou. Em entrevista ao Observador, diz: “Ganhar um Óscar? Antes quero ter dinheiro para um novo filme”.
A Springkode é uma startup que o leva a fazer compras nas fábricas portuguesas, as mesmas que há anos produzem para grandes marcas de luxo. O Mauro Gonçalves conta-lhe tudo.
Já sabe que foi lançado o Observador Premium, o novo programa de assinaturas do Observador. Pode saber aqui tudo sobre a forma de funcionamento das subscrições.
E há outra novidade: a nova revista de Lifestyle do Observadorjá está nas bancas.
Até já!