10 de Junho de 2017 Havemos de ir a Viana, às aldeias históricas e ainda comer o Douro

10/06/2017 0 Por Carlos Joaquim

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Fugas

 
 
  Sandra Silva Costa  

Para muitos não será propriamente a coisa mais entusiasmante do mundo: ir de férias, ou de fim-de-semana, para cansar as pernas a pedalar bicicletas que “não conhecem terrenos ou estações impossíveis”. Ou então para fazer figuras em cima de uma prancha de stand up paddle ou de surf. Mas, calma!, depois há o reverso da medalha: “Um spa com amplas braçadas, vista panorâmica muito nórdica e massagens looooongas.” Primeiro cansamo-nos, depois descansamos. Negócio fechado. O Luís Octávio Costa apresenta-lhe o FeelViana, um hotel em Viana do Castelo a dois passos da praia que descobriu “o segredo do conforto radical”.

Se, no entanto, preferir uma experiência mais tranquila, o melhor mesmo é seguir a Mara Gonçalves, que, porque hoje é Dia de Portugal, foi conhecer dez das doze aldeias históricas que cabem neste nosso rectângulo. De Belmonte a Castelo Novo, encontrou “núcleos ancestrais de castelo no alto, com ar de presépio e vistas panorâmicas sobre a rusticidade da natureza”. “Mais do que passado, são histórias com gente dentro. De braços abertos para nos receber”, escreve a Mara. [Que por acaso é uma sortuda e também foi a Tenerife e nos revelaos vários mundos que podemos encontrar numa ilha de sol e praia. Mundos feitos de Calatrava, floresta laurissilva e um vulcão que marca a paisagem.]
Também é de paisagem que se fala quando se fala da Quinta de La Rosa, junto ao Pinhão, mas, para além da imponência dos socalcos do Douro, que não deixam ninguém indiferente, a Alexandra Prado Coelho e o José Augusto Moreira trazem-nos a inspiradora história da família Bergqvist. A Alexandra explica como de um baú antigo saíram receitas que deram forma a um restaurante – chama-se Cozinha da Clara e está aberto ao público – e o José Augusto congratula-se com o facto de os vinhos da última colheita darem testemunho de uma nova conquista para a região: pela primeira vez, os trabalhos de vindima foram remunerados de igual forma para os homens e as mulheres. Fazemos um brinde?
Por hoje ficamos por aqui. Temos muito mais para si no sítio do costume. Até sábado e boas viagens!