​Rosa Maria Ribeiro dos Santos Duarte da Conceição publica em Monforte: ​“À procura das raízes”

14/04/2016 1 Por Carlos Joaquim
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Depois de ter publicado três livros de poesia intitulados “Temporal” (sonetos, 1983), “Porção de coisa nenhuma” (poemas, 1999) e “Fila E – Número 18” (sonetos, 2006),

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Rosa Maria Ribeiro dos Santos Duarte da Conceição (que assina as suas obras com o pseudónimo ROMARISA), vê agora, a escassos meses de completar 75 anos de idade, o seu primeiro livro em prosa, a que chamou.

​​“À procura das raízes”, ser editado pela Câmara Municipal de Monforte, esclarecendo que “não se trata de uma abordagem histórica e/ou sociológica mas, tão-somente, de um olhar empírico, leve, breve e despretensioso, sobre uma época (anos 40/50 e inícios de 60) que contribuiu para a formação não só da minha personalidade como das mulheres desse tempo”.
É também meu objetivo”, afirmou ainda, “demonstrar a quantos andam agora entediados e desmotivados, apesar da imensidade de solicitações que, no momento, chegam a toda a gente, como, no tempo em que se situa este meu relato, sem televisão, sem telemóvel, sem computador ou tablet, sem iPad e afins, éramos tão parcos, tão simples, tão solidários, tão cooperantes e tão felizes”.
Professora aposentada do Ensino Primário (atualmente o 1º Ciclo do Ensino Básico), ROMARISA nasceu em agosto de 1941, em Monforte, onde reside. Exerceu sempre funções profissionais ao serviço do Ensino e da Educação, que conseguia articular com várias outras atividades relacionadas com diferentes setores, realizando trabalhos, de especialização e interesse (profissional e pessoal), nas áreas da Educação, da Cultura e da Política, destacando-se no teatro amador, no jornalismo de opinião e na música polifónica e, na política, como membro da Assembleia Municipal, militante e dirigente do Partido Social Democrata. Para além disso, foi e é colaboradora em diversos movimentos associativos de natureza social.
O lançamento desta obra, que a autora define como “um rol de memórias que, sem grande profundidade, pretendi registar”, realizou-se no passado sábado, dia 26 de março, na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal de Monforte que se tornou pequena para acolher todos os que estiveram presentes, entre os quais se encontravam sobretudo muitos amigos e familiares.
Para além de Gonçalo Lagem, o Presidente do Município de Monforte, Mariana Mota, Vereadora da Cultura, e de Vitória Medalhas, a responsável pelos serviços da referida Biblioteca, Rosa Maria Duarte quis que estivessem também ao seu lado, na mesa de honra, alguns convidados especiais, nomeadamente Joaquim Mourato, seu genro, que apresentou a obra, Aldina Cortes Gaspar, amiga e também escritora, e Catarina Rato, amiga e colega de profissão, e que, refira-se, foram ambas suas alunas.
De entre os vários momentos que ficaram marcados por um sentimento generalizado de grande emoção, realçamos a forma bastante comovente como o Presidente da Câmara Municipal fez a sua intervenção, começando por afirmar que “este é para mim um dia feliz, porque sei que nesta sala encontra-se uma pessoa particularmente feliz! Isso, por si só, era motivo que bastasse para que o Município editasse mais uma obra da Dª Rosa. Por outro lado, este livro é um tributo à identidade do nosso Concelho… Conta-nos na primeira pessoa histórias que desvendam muito sobre a nossa cultura… as nossas raízes”.
“Mas este livro”, continuou o autarca, “é também uma terapia, pois, conhecendo-se melhor o que se passava na época nele retratada, ajuda-nos a encontrar razões para não nos sentirmos tão deprimidos como tanto acontece, apesar de podermos desfrutar de muitas mais coisas que, hoje, temos ao nosso alcance. No fundo, ficamos a compreender como em torno de uma simples brincadeira, se preservavam certos valores que têm vindo a deteriorar-se. Portanto, se a obra é notável, o nome de quem a concebeu precede-a! Pela sinceridade, frontalidade e amizade que têm pautado a sua forma de estar na vida, a Dª Rosa sempre foi, e é, uma cidadã exemplar na comunidade monfortense, qualidades que temos tido oportunidade de lhe reconhecer publicamente, como estamos a fazer neste momento!”
Enviado por José Rui Rabaça
“À PROCURA DAS RAÍZES” ENRIQUECE HISTÓRIA LOCAL